ARTIGOS

A eletrobrás é uma empresa privada, eficiente e pagadora de impostos. Mas está difícil para o governo entender

Matérias publicadas no jornal ESTADÃO em 05/01 descrevem de forma clara e objetiva o processo em andamento que tem a intenção da continuidade de interferências políticas na Eletrobras, mesmo tendo agora participação minoritária do Governo Federal. Elena Landau aponta em sua coluna que o Supremo Tribunal Federal tem evitado tomar decisões que contrariem interesses do Governo na empresa, apesar do processo de desestatização ter sido aprovado pelo Congresso Nacional e ter tido participação intensa de investidores privados e de recursos do FGTS de trabalhadores. A bola da vez é a interferência para impedir a incorporação da Eletrobras Furnas. Não há razão técnica ou operacional que justifique ser contrário à tal incorporação. Somente os interesses em manter influência política na empresa é que motivam o movimento de resistência estatal a ações privadas legítimas. Eletrobras Furnas não é de Minas Gerais, nem deve mais atender interesses políticos locais. É uma empresa privada nacional que deve buscar eficiência operacional e reduzir custos de gestão, para proporcionar melhores serviços à sociedade e ao setor elétrico brasileiro. A incorporação de Furnas permitirá diminuir estruturas administrativas redundantes, que quando estatal eram utilizadas para indicação de apadrinhados políticos. Ações estatais predatórias de interferência na atividade privada do país geram insegurança jurídica e regulatória. É assim que o país quer se mostrar confiável e seguro para investidores?