A Lei 14182/21 que autorizou a desestatização da Eletrobrás, é um exemplo clássico de como um tema focado na Eletrobrás, foi utilizado como trampolim para outros temas que nada tinham a ver com o objetivo principal da Lei, como obrigatoriedade de contratação de termelétricas e PCHs, prorrogação do PROINFA e outros que na prática onerarão o consumidor sem necessidade, se o planejamento fosse seguido conforme as metodologias e critérios técnicos utilizados pela Empresa de Pesquisa Energética. A ultima destas nefastas interferencias aconteceu na apreciação do PL da eólica offshore aprovado pelo Senado Federal no dia 28/11, onde emendas que nada tem a ver com offshore foram incluídas no texto que vai à deliberação da Câmara dos Deputados, e que provocarão ao menos 15% de aumento nas contas de energia dos consumidores, sem qualquer transparência de seus impactos aos consumidores.
Faço coro com Abraceel, Mário Menel, Edvaldo Santana, ABRACE Grandes Consumidores de Energia, ANACE – Associação Nacional dos Consumidores de Energia, Globo, Frente Nacional dos Consumidores de Energia e tantos outros respeitados integrantes do setor elétrico brasileiro que não se conformam com esta situação, que cada vez mais se agrava. Um dia o leão não vai ser morto, e quem vai morrer é o setor elétrico e os consumidores de energia.